Ibá comemora assinatura de acordo climático de Paris

Setor de árvores plantadas irá atuar junto ao governo e à sociedade civil para que o Brasil alcance suas metas propostas no acordo

 

Mais de 100 países declararam intenção de assinar o histórico acordo do clima fechado em dezembro do ano passado em Paris, em uma cerimônia que será promovida pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em 22 de abril. A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), juntamente com outros agentes econômicos, líderes mundiais e representantes da sociedade civil, contribuiu para a definição das metas brasileiras e comemora a assinatura.

 

“Este é um acordo histórico e o setor brasileiro de árvores plantadas tem grande potencial de contribuição no combate aos efeitos das mudanças climáticas e na construção da chamada economia de baixo carbono, na medida em que uma estrutura de governança robusta e seus meios de implementação sejam adotados”, explica Elizabeth de Carvalhaes, presidente-executiva da Ibá e presidente do International Council of Forest and Paper Associations (ICFPA). “As atividades econômicas ligadas à cadeia de produtos florestais, como celulose, papel, painéis de madeira, pisos laminados e a produção de carvão vegetal, quando apoiadas em manejo florestal sustentável, tornam-se parte fundamental no alcance das metas brasileiras, propostas no acordo.”

 

A executiva lembra que, para atingir seu objetivo de redução de emissões, o Brasil pretende restaurar e reflorestar cerca de 12 milhões de hectares, além de incentivar a integração lavoura-pecuária e florestas (ILPF) em mais 5 milhões de hectares. “Tanto as florestas nativas quanto as plantadas têm papel importante nessas metas”, ressalta.

 

A Ibá esteve presente na Conferência das Partes (COP21), em Paris, no ano passado, demonstrando o exemplo brasileiro de capacidade de sequestro de carbono e ações como recuperação de áreas degradadas e reflorestamento por meio das plantações em mosaicos, nas quais as florestas naturais e plantadas se interligam criando corredores ecológicos.

 

A cerimônia de assinatura do acordo será o primeiro passo para garantir a sua entrada em vigor o mais rápido possível e, consequentemente, a redução nas emissões de gases de efeito estufa (GEE). O Acordo entra em vigor com a assinatura de pelo menos 55 países, que respondam por no mínimo 55% das emissões globais de gases de efeito estufa.