RECE – Déficit em
produtos químicos soma US$ 5,0 bilhões e
avança 3,1% no
primeiro trimestre
O déficit
acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 5,0 bilhões
no primeiro trimestre do ano. O valor representa um aumento de 3,1% em
relação ao mesmo período de 2016. Nos últimos 12 meses (abril de 2016 a
março de 2017), o indicador totaliza US$ 22,2 bilhões, 0,7% acima do
déficit de US$ 22,0 bilhões verificado no consolidado do ano passado.
Nos três
primeiros meses deste ano, as importações de produtos químicos foram de US$
8,3 bilhões, uma elevação de 7,3% em relação ao mesmo período de 2016. Já
as exportações, de US$ 3,3 bilhões, apresentaram acréscimo de 14,2% na
mesma comparação.
No contexto
de forte elevação, de 46,5% em valor e de 66,5% em volume, os
intermediários para fertilizantes foram o principal item da pauta de
importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 1,6 bilhão e
de 6,9 milhões de toneladas no primeiro trimestre deste ano, ao passo que
as resinas termoplásticas, com vendas externas de US$ 612,7 milhões no
período, foram o grupo mais exportado (aumento de 8,1% em relação aos
primeiros três meses de 2016).
Em termos de
volumes, as importações de produtos químicos, de 10,8 milhões de toneladas,
entre janeiro e março, apontaram um aumento de expressivos 37,7%
(especialmente puxado pelos intermediários para fertilizantes), o que
representa um novo recorde histórico para o indicador no período, ao passo
que as exportações foram de 4,2 milhões de toneladas, elevação de 0,8% em
relação ao primeiro trimestre de 2016. Apesar disso, a perspectiva é de que
o déficit seja estável no transcurso do ano (entre US$ 22 bilhões e US$ 24
bilhões) pelo fato de os preços médios de importados continuarem em baixa
de mais de 30% em relação àqueles verificados nos últimos anos.
Em março, as
compras externas de produtos químicos chegaram a US$ 3,0 bilhões, um
aumento de 18,3% em relação a fevereiro. As exportações, de US$ 1,2 bilhão,
registraram, por sua vez, elevação de 22,9% em igual comparação. Em relação
a março de 2016, foram registrados aumentos de 9,1% das importações e de
14,6% das exportações.
“Os
resultados da balança comercial de produtos químicos no primeiro trimestre
deste ano são particularmente preocupantes, pois, enquanto se observa uma
lenta e gradual recuperação da atividade industrial brasileira, as
quantidades importadas de produtos químicos já são as mais altas de toda a
história para o período, superiores a 10,8 milhões de toneladas, tomando o
espaço que poderia estar sendo ocupado pelo produto nacional nesse momento
de recuperação econômica”, destaca a diretora de assuntos de comércio
exterior da Abiquim, Denise Naranjo.
RAC - Produção,
vendas internas e demanda de químicos de uso industrial
crescem no 1º
trimestre
Os principais índices do segmento de produtos químicos
de uso industrial apontam um bom início de ano para o setor. No acumulado
do 1º trimestre de 2017, em comparação com o mesmo período do ano passado,
o índice de produção cresceu 3,86%, as vendas internas tiveram elevação de
0,90% e o consumo aparente nacional (CAN) cresceu expressivos 18,5%,
conforme dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química
(Abiquim). No entanto, esse crescimento se deve a base deprimida de
comparação alerta a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima
Giovanna Coviello Ferreira. “O setor químico, assim como toda a economia
nacional, passou por um período de mais de dois anos de intensa recessão”,
avalia.
Com relação ao índice de preços, houve elevação de
10,70% no acumulado do 1º trimestre deste ano. Já a taxa de utilização da
capacidade instalada ficou em 79% na média dos primeiros três meses do ano,
um ponto acima da registrada em igual período do ano passado, sobretudo
pela ocorrência de paradas programadas para manutenção, o que permite
vislumbrar espaço para crescimento da produção no curto prazo. Na
comparação dos últimos 12 meses encerrados em março, em relação aos 12
meses imediatamente anteriores, o CAN cresceu 10,7%, a produção subiu 4,30%
e a utilização da capacidade instalada ficou em 81%, três pontos acima da
taxa dos 12 meses imediatamente anteriores.
Segundo Fátima, há alguns anos as inúmeras
oportunidades que a elevação da demanda interna tem trazido ao País estão
sendo aproveitadas por fatias cada vez maiores de produtos importados.
“Esse círculo vicioso tem se agravado pela diminuição da demanda mundial
por produtos químicos, que tem gerado excedentes exportáveis para Países
cuja demanda interna ainda está em ascensão, caso do Brasil; pela
matéria-prima nacional não competitiva em relação a outros países; pela
tarifa de energia excessivamente alta; e pelo câmbio ainda favorável às
importações”.
É de se destacar o esforço do governo federal para
tentar buscar a aprovação de importantes reformas. A regulamentação das
atividades de terceirização e a aprovação da reforma das leis do trabalho
são exemplos importantes de medidas que podem contribuir para que novas
contratações sejam estimuladas. Além disso, a reforma da previdência e a
reforma tributária serão de extrema relevância para o futuro. Para a
química, devem ser destacados projetos como o Programa Gás para Crescer,
que tem por objetivo a definição de um novo marco regulatório para o gás
natural; o Programa Combustível Brasil, que também tem por meta traçar as
necessidades em termos de refino de derivados do petróleo, e o Renova Bio.
“Os três programas são de extrema relevância uma vez que tocam no que há de
mais importante para o setor químico, que é a disponibilidade e a
competitividade de suas matérias-primas básicas”, explica Fátima.
A equipe de
Economia e Estatística da Abiquim acaba de produzir dois documentos, que
trazem a retrospectiva dos números divulgados mensalmente no RAC por grupos
de produtos: “Utilização da Capacidade Instalada”, que de 2008 a 2016
manteve um índice de 80% da capacidade instalada, e “Índice de Quantum das
Vendas Internas e Índice de Preços Reais”, com dados coletados desde 1996,
incluindo a produção, índice de preços deflacionados pelo IPA-Industrial,
da FGV, e pela variação do dólar. “Tão importante
quanto uma análise pontual mensal é a análise histórica das séries de dados
como forma de traçar cenários e possibilitar uma visão mais realista sobre
a situação, além de propiciar indicações para a construção do futuro por
meio da avaliação do passado. Melhor ainda se essa análise puder ser feita
pelos diferentes grupos de produtos do segmento de produtos químicos de uso
industrial”, finaliza Fátima.
Para ter acesso aos documentos entre em contato com a
equipe de Economia e Estatística pelo e-mail: decon@abiquim.org.br.
“A química construindo
cidades inteligentes e humanas” foi
tema de encontro
da FPQuímica no Congresso Nacional
A Frente Parlamentar da Química
realizou na última quinta-feira, 27, um café da manhã em conjunto com a Frente
Parlamentar Mista em Defesa das Cidades Inteligentes e Humanas. Durante a reunião, o presidente da Rede
Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, André Gomyde, realizou uma
apresentação na qual destacou que vê com bons olhos o apoio e interesse da
química em construir cidades inteligentes. Segundo Gomyde, “estamos em uma
nova onda atual da biotecnologia, nanotecnologia e robótica. Presenciamos
uma era com mudanças de paradigmas e novas lógicas onde máquinas conversam
com máquinas, tomando decisões autônomas e repensando a continuidade do
homem em determinados postos de trabalho. O conhecimento fará a diferença
na permanência do homem versus máquina”. Ele finalizou enfatizando
que as políticas públicas para resolução dessas questões fundamentais para
a sociedade não podem ser uma questão de governo, mas um projeto de Estado.
O
Deputado João Paulo Papa, Presidente da FPQuímica, afirmou que acredita no
futuro de cidades inteligentes e ressalta a importância do papel da química
nesse cenário: “Este tema é fundamental para discutirmos o papel da
indústria química na construção de uma sociedade moderna e que possa
garantir qualidade de vida para a população”. O deputado
citou ainda o exemplo apresentado por André Gomyde, dizendo que deseja o
mesmo para a cidade de Cubatão (SP), que superou suas dificuldades com
apoio da tecnologia e hoje se destaca como uma cidade inteligente. Já
presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, concordou com a
afirmação do presidente da FPQuímica, e completou: “Estamos seguindo um
caminho focado em mostrar a importância da integração da química para a
humanidade. Tenho certeza que a química vai ser a ciência que mais vai
contribuir para o desenvolvimento sustentável nos próximos 100 anos”.
O deputado Vitor Lippi,
Presidente da Frente Mista em Apoio às Cidades Inteligentes e Humanas,
trouxe para o debate o tema "A contribuição do Parlamento para o
desenvolvimento das Cidades Inteligentes e Humanas". Ele afirmou que o
Brasil poderia avançar muito se tivesse visão estratégica. “Queremos
desenvolvimento, que está diretamente ligado à competitividade,
planejamento estratégico”, destacou o deputado.
Finalizando
as apresentações do dia, o vice-presidente da Basf, Antonio Lacerda, falou
sobre "As soluções da química para cidades inteligentes". Lacerda
afirmou que a química contribui para cidades inteligentes por meio do
aumento de eficiência em diversos segmentos, tais como alimentos,
agricultura, tecnologia e informação.
A Abiquim foi representada no
evento por seu presidente-executivo, Fernando Figueiredo, pela diretora de
Relações Institucionais e Sustentabilidade e secretária-executiva da
FPQuímica, Marina Mattar, e pelas assessoras de Relações Institucionais,
Iana Silvestre e Lidiane Soares.
Além das autoridades já
mencionadas, estiveram presentes os deputados federais Evair de Melo
(PV/ES), coordenador de água da Frente, Izalci (PSDBB/DF), coordenador de
Inovação e Tecnologia da Frente, Odorico Monteiro (PROS/CE), Vinícius
Carvalho PRB/SP), coordenador de química verde da FPQuímica e José Augusto
Nalin (PMDB/RJ). Também participaram Alexandre Horta, chefe de gabinete do
senador Eduardo Braga, vice-presidente da Frente no Senado, representantes
do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Serviços
(MDIC), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da CIESP de
Cubatão, Guarujá e Bertioga, associações setoriais e empresários do setor
químico nacional.
Novos membros do GT
de Gestão de Riscos do Consórcio Intermunicipal Grande ABC são apresentados
à Defesa Civil do Estado de São Paulo
No dia 20 de
abril foi realizada a reunião da Comissão Estadual de Prevenção, Preparo e
Resposta Rápida a Emergências e Acidentes com Produtos Químicos Perigosos
no Estado de São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo
paulista. A reunião foi uma solicitação do Consórcio Intermunicipal Grande
ABC, formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São
Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, à
Comissão Estadual.
Durante o
encontro, foram apresentados ao diretor do Núcleo de Análise da Divisão de
Convênios da Defesa Civil do Estado de São Paulo, capitão da Polícia
Militar Paulo Baione, os novos membros do Grupo de Trabalho (GT) de Gestão
de Riscos do Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Também foi feita uma apresentação
do estágio atual das ações desenvolvidas pelo GT de Gestão de Riscos, que
tem a Abiquim como um de seus integrantes, representada pelo gerente de
Gestão Empresarial, Luiz Shizuo Harayashiki, e como suplente o assessor de
Assuntos Técnicos da associação, Willian Matsuo.
Ações da indústria
química para aumentar a segurança nas plantas e no transporte
de produtos são
destacadas em conferência para destruição de armas químicas
Nos dias 10
e 11 de abril foi realizado em Doha, no Catar, a Conferência Internacional
para Segurança e Destruição de Armas Químicas: A Contribuição da
Organização para a Proibição de Armas Químicas (em inglês Organisation for
the Prohibition of Chemical Weapons – OPCW) para a Paz Mundial e a
Segurança. O evento promovido pelo Comitê Nacional para a Proibição de
Armas, do Catar, e pela própria OPCW, celebrou o 20º aniversário da
organização.
A
Conferência recebeu representantes de governos, entidades e indústrias de
países da África, Américas, Ásia e Europa e promoveu uma oportunidade para
que os participantes pudessem compartilhar experiências sobre o processo de
eliminação das armas químicas e os desafios na busca por um mundo livre de
armas químicas. O evento também reconheceu as conquistas da OPCW ao longo
dos seus 20 anos de existência e sua contribuição para a paz mundial e
segurança.
As
iniciativas da indústria química com foco na segurança das suas instalações
e no transporte de produtos também foi destacado. A indústria química
brasileira e a Abiquim foram representadas na sessão Iniciativas da
Indústria pelo gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da
Rhodia-Solvay, Vlamir Kanashiro, que apresentou o Programa Atuação
Responsável®, Sassmaq, Pró-Química e Olho Vivo na Estrada. “Também contei
sobre o desenvolvimento e lançamento do Guia de Gestão da Proteção
Empresarial que divulgamos recentemente. Embora a indústria química não
possua um programa específico para a erradicação das armas químicas, possui
programas que contribuem de forma significativa com os objetivos da OPCW”,
explicou.
Ao longo da
Conferência também foram abordados temas como mecanismos regulatórios
internacionais, regionais e nacionais; iniciativas da indústria; e ameaças
atuais. Durante o encontro ainda foi enfatizado a necessidade de uma
legislação efetiva e mecanismos para o controle e ações para acabar com a proliferação
de armas químicas e outras armas de destruição em massa, além da
necessidade de que todas as nações da OPCW reforcem seu comprometimento na
implantação da Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção,
Armazenagem e Utilização de Armas Químicas e sobre sua Destruição.
Encontro
preparatório debate temas para o 8º Fórum Mundial da Água
O 2º
Encontro das Partes, reunião preparatória para o 8º Fórum Mundial da Água,
foi realizado em Brasília, nos dias 26 e 27 de abril, no Centro de
Convenções Ulysses Guimarães; O evento reuniu mais de 900 pessoas, dentre
representantes de governos, empresas, instituições financeiras,
universidades e organizações não governamentais (ONGs), de mais de 70
países.
O Encontro
teve como objetivo a discussão sobre os processos-chave do 8º Fórum Mundial
da Água e seus desdobramentos. No dia 26 de abril, as discussões se
concentraram no Processo Temático e nas propostas de conteúdo para as mais
de 100 sessões que serão realizadas no Fórum, sobre seis temas centrais -
clima, desenvolvimento, ecossistemas, financiamento, pessoas e urbano – e
três temas transversais - governança, compartilhamento e capacitação. No
dia 27 de abril, foram discutidas as propostas de conteúdo para os demais
processos-chave: regional, político, sustentabilidade e Fórum Cidadão.
A Abiquim
participou ativamente das discussões e foi representada pela assessora de
Meio Ambiente, Aline Caldas Bressan, pela assessora de Comissões Setoriais,
Carolina Ponce de León, além dos integrantes da Comissão Setorial de
Saneamento e Tratamento de Água, Viviane Abacherli e Regis Basseto, da
empresa Lonza Química.
Paralelamente
ao 2º Encontro das Partes, o Grupo Focal de Sustentabilidade do Fórum
Mundial da Água realizou, no dia 25 de abril, o Fórum Água de Engajamento
Empresarial, que proporcionou um debate com o objetivo de preparar, sob a
perspectiva do setor privado, as empresas para participação no Fórum
Mundial da Água, articuladas nos contextos nacional e internacional e
integradas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. A abertura deste
evento paralelo foi realizada pela presidente do Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável - CEBDS, Marina Grossi e pelo
presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga. O coordenador da
Comissão Setorial de Saneamento e Tratamento de Água, José Eduardo Gobbi e
a assessora da Comissão, Carolina Ponce de León, estiveram presentes
representando a Abiquim.
O 8º Fórum
Mundial da Água acontecerá pela primeira vez na América Latina e será
realizado em Brasília, de 18 a 23 de março de 2018.
Para mais
informações, acesse o site www.worldwaterforum8.org
ou entre em contato com a assessora de Meio Ambiente da Abiquim, Aline
Caldas Bressan, pelo e-mail: aline.bressan@abiquim.org.br
ou com a assessora de Comissões Setoriais, Carolina Ponce de León,
pelo e-mail: carolina@abiquim.org.br.
Ministério das
Relações Exteriores, Apex-Brasil e CNI realizam
missão empresarial
para África do Sul e Moçambique
O Ministério
das Relações Exteriores (MRE), a Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Confederação Nacional da
Indústria (CNI) promovem a Missão Ministerial à África do Sul e Moçambique,
que acontece de 9 a 11 de maio, nas cidades de Pretória, Joanesburgo e
Maputo. A missão visa aproximar empresas brasileiras e africanas,
promovendo negócios internacionais e a formação de parcerias estratégicas e
as inscrições podem ser feitas até 27 de abril.
Para acessar
a agenda preliminar da Missão Ministerial e o formulário de participação. Clique aqui.
CNI e SEBRAE
organizam o 7º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria
Nos dias 27
e 28 de junho, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) realizam, no
Transamérica Expo Center, na capital paulista, o 7º Congresso Brasileiro de
Inovação da Indústria. O evento terá apresentações de especialistas
internacionais e brasileiros, que abordarão as novas tendências em
inovação, a nuvem inteligente, a indústria 4.0, nanotecnologia industrial
entre outros temas.
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programação do Congresso e fazer sua inscrição. Clique aqui.
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