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Sessão Profissional do Futuro discutiu novas tendências

ABTCP 2017 | ABTCP 2017 - Sessão Técnica de Papel | 27.10.2017




Durante o ABTCP 2017 – 50º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, uma sessão temática foi dedicada exclusivamente para tratar, dentro do tema geral sobre o futuro do setor, do perfil dos profissionais que formarão os quadros das empresas e como elas devem desde já se adaptar aos novos tempos – e não se trata apenas de acomodar novas gerações e conflitos intergeracionais, mas também de novos processos, modos de pensar e relações de trabalho.

O sócio-diretor da FALCONI Gente, Josué Bressane Júnior, abriu a sessão no dia 24 de outubro falando sobre as tendências na relação de trabalho. “As empresas começam a trabalhar mais por equipes de projeto, as informações são muito mais compartilhadas, o trabalho remoto marca mais presença e há preocupação com diversidade e multicultura,” disse o especialista, que salientou dois outros pontos: a necessidade de empresas terem propósito e cultura bem definidos para atrair e reter novos talentos, e que empresas não valem mais o lucro que têm, e sim o valor que entregam. Ele também adiantou algumas das profissões do futuro, como especialista em gestão de resíduos e curador de sustentabilidade, duas funções especialmente interessantes ao setor.

O gerente de inovação e de tecnologia do SENAI, Osvaldo Lahoz Maia, foi o keynote da sessão abordando o preparo de jovens, as capacidades que devem ser desenvolvidas, o problema da automatização e outras tendências. Maia destrinchou o problema educacional no País e como isso afetará tanto as empresas quanto profissionais do futuro, dizendo que “ou o país faz um esforço sério e muito grande na questão educacional ou continuaremos na mesma situação em (termos de) competitividade”. Ele adiantou que, mesmo assim, não haverá no futuro a substituição total de empregos, afinal, “a criatividade nunca será substituída” – habilidade esta que segundo Maia será muito mais demandada em todas as áreas.

O gerente de DHO regional da Fibria, José Alexandre Monteiro dos Santos, fez sua apresentação sobre o tema, seguido pelo gerente de recuperação e utilidades da Eldorado, Murilo Sanches da Silva, logo antes de participarem do painel de discussão junto a Maia, debate que teve boa participação da plateia. Uma das perguntas feitas aos três palestrantes foi sobre a preparação dos líderes para este futuro, que muitas vezes promove excelentes técnicos e engenheiros para posições de gestão, algo para o qual podem não ter aptidão. Sanches disse que “é preciso mudar a chave” tanto na preparação de futuros colaboradores quanto gestores, enquanto Maia disse acreditar em uma “seleção natural” de líderes no futuro. “O novo líder do século XXI é diferente mesmo”, afirmou. Já Santos ressaltou que a preocupação com esse ponto já perpassa o setor, e que inclusive “o profissional de gestão é o que está mais preocupado, ou deveria estar”.


Nota: 
Para mais detalhes sobre os temas debatidos nas Sessões Técnicas e Temáticas do ABTCP 2017 – 50º Congresso Internacional de Celulose e Papel, confira a edição especial da O Papel de novembro, com toda a cobertura do evento.

Renan Fagalde
Especial para O Papel