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Indústria 4.0 tem sessão dedicada no ABTCP 2017

ABTCP 2017 | ABTCP 2017 - Sessão Técnica de Papel | 27.10.2017




No dia 25 de outubro, durante o ABTCP 2017 – 50º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, a sessão temática sobre indústria 4.0 apresentou à plateia durante todo o dia as tendências, as dificuldades e outros pontos salientes sobre a questão. Como visto durante a apresentação do presidente da Fisher International, Rod Fisher, o tema vai muito além da simples automatização de fábricas e processos.

Fisher tratou da inteligência de negócios (Business Intelligence), algo que faz parte desta nova revolução industrial e que é muito pouco usado, principalmente no setor de papel e celulose. “Um investimento em BI pode dar retornos melhores que qualquer outro”, disse ele na abertura de sua apresentação, uma vez que a disponibilidade e a quantidade de informações são alguns dos principais marcos da indústria 4.0 – a chave está em utilizá-los bem e para além apenas da fábrica. Ele trouxe dados sobre os gastos da indústria papeleira em BI, que somam menos de US$ 75 milhões ao ano, “em uma indústria que tem mais de um trilhão de dólares em ativos e pouco menos que isso em vendas anualmente”, frisando a subutilização da inteligência em negócios.

Isso foi algo que o diretor da International Society of Automation (ISA), Luiz Roberto Egreja, também aprofundou em sua apresentação. “A indústria 4.0 é um processo muito maior que só a indústria, é uma revolução que afeta todas as áreas”, afirmou, destacando que não apenas a tecnologia avança e muda, mas que o principal driver são o que as pessoas hoje e amanhã demandarão e como consumirão produtos e serviços. Egreja explicou também o conceito da economia da experiência, em que produtos personalizados são reis e fez uma provocação: “será que a indústria de celulose terá que oferecer produtos personalizados? Talvez sim, talvez não”.

Outras apresentações, como a da NSK, Valmet, Voith e SICK demonstraram produtos e serviços projetados para atender as novas demandas do setor. Posteriormente, o gerente do departamento de telecomunicações e tecnologia da informação da Cenibra, Ronaldo Neves Ribeiro, fez uma provocação importante antes do painel de discussão da sessão temática: “qual é o core business da indústria de celulose hoje e qual será daqui a 10 anos?”. Junto ao coordenador de projetos da Klabin, Cleverson Torelli, e o coordenador de manutenção da Fibria, Wellington Pimentel Felix, os três formaram o painel e responderam perguntas da plateia presente, encerrando a sessão temática.


Nota: Para mais detalhes sobre os temas debatidos nas Sessões Técnicas e Temáticas do ABTCP 2017 – 50º Congresso Internacional de Celulose e Papel, confira a edição especial da O Papel de novembro, com toda a cobertura do evento.

Renan Fagalde
Especial para O Papel