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INDÚSTRIA DE C&P FECHA ANO DE GARGALOS DA PANDEMIA

Reportagem Especial | Reportagem de Capa | 24.03.2021




Ciente de que enfrentaria os mais variados impactos
ao sistema de saúde, com o surgimento
de um vírus letal, o Brasil também sabia
que os reflexos econômicos da pandemia do
coronavírus teriam uma enorme amplitude. Passado um
ano do início da situação que se instalou no mundo todo,
já é possível mensurar alguns deles.
De acordo com a análise feita na edição de dezembro do
Informe Conjuntural, produzido pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI), o País ainda estava se recuperando
da crise que o aplacou entre 2014 e 2016, quando a necessidade
de isolamento social para conter o avanço da Covid-19
paralisou o setor produtivo em meados de abril último – momento
em que serviços, comércio e indústria experimentaram
redução brusca da demanda e restrições em sua capacidade de
operar.
A partir de maio último, as dinâmicas passaram a se diversificar: enquanto o segmento de serviços seguia como o mais afetado,
sendo o primeiro a ser impactado e o último a reabrir no
processo de flexibilização das medidas de distanciamento social;
comércio e indústria, de modo geral, iniciaram a recuperação e
retornaram rapidamente ao nível pré-pandemia – o comércio
varejista voltou ao patamar do volume de vendas antes da crise,
em junho, e a indústria de transformação, em setembro.
Apesar de ambos apresentarem recuperação, tanto no comércio
como na indústria, os avanços têm sido variados,
com setores já atuando acima do nível pré-pandemia, mas
com outros ainda abaixo desse nível.
Mudanças no padrão de consumo estão por trás das diferenças
no ritmo de recuperação, conforme aponta o Informe
Conjuntural da CNI. Enquanto a demanda por bens
de consumo não duráveis foi pouco afetada, a procura por
bens de consumo duráveis e por serviços ofertados às famílias
apresentou uma queda expressiva.

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Caroline Martin
Especial para Revista O Papel