Já há alguns anos a ABPO (agora Empapel) publicou
um folder com o título deste artigo. Aliás, o próprio
título já traz uma ideia positiva quanto ao seu propósito.
No caso, tratava-se de embalagens para frutas e
hortaliças, e o intuito era chamar a atenção dos supermercados,
principalmente para que não tirassem os produtos de dentro
da embalagem, depositando-os em gôndolas para a exposição e
escolha pelo comprador (em grande parte donas de casa).
Ao depositar os frutos nas gôndolas, os funcionários dos supermercados
simplesmente “despejam” os frutos sobre superfícies
das gôndolas e nem sempre com os cuidados devidos em
respeito à fragilidade do produto. O mesmo ocorre nas feiras
livres e nestas com quase nenhum cuidado especial.
Atualmente, o que se observa ainda é o consumidor nal
escolhendo os frutos nas gôndolas, apalpando-os um a um,
selecionando aqueles que consideram de boa qualidade e desconsiderando
aqueles que julga de qualidade inferior, segundo
o seu critério pessoal. Registre-se que esses procedimentos concorrem
para criar ou agravar a qualidade do produto.
Hoje as embalagens, principalmente as tipo bandeja, exercem
uma função expositora e que pode ser explorada pelos supermercados,
levando essas embalagens, com o seu conteúdo,
diretamente para as gôndolas e assim dispostas à venda na própria
embalagem.
Repetimos aqui a introdução apresentada nas recomendações
do folder sobre o qual aludimos no início deste artigo:
Os supermercados e as frutas e hortaliças frescas
As frutas e hortaliças frescas são determinantes na escolha
do supermercado pelo consumidor. Elas são uma fonte
crescente de receita e de lucro, o instrumento de diferenciação
da loja. No mundo todo, gerenciar o setor de frutas e
hortaliças frescas no supermercado é uma tarefa complexa,
um grande desafio.
Frutas e hortaliças mais frescas e brilhantes (sem perder a
sua cera natural), mais saborosas (frutas colhidas mais maduras
e hortaliças mais tenras) e mais túrgidas garantem a satisfação
do consumidor e maiores vendas.
A solução para os supermercados brasileiros é simples,
a mesma solução já adotada na Europa e nos Estados Unidos: a
utilização da caixa do produtor como “minioutdoor” na exposição
do produto na loja, prevenindo e evitando o manuseio
e os ferimentos nos frutos. A solução de nitiva é a adoção do
sistema de Manuseio Mínimo.*
O Manuseio Mínimo, na venda a granel ou em unidades de
consumo, é garantia de:
– perda mínima;
– segurança alimentar;
– economia de tempo e dinheiro; e
– crescimento de vendas.
A publicação ABPO (agora Empapel) sob o título “Manuseio
Mínimo” traz ainda uma série de informações sobre danos
que os produtos podem sofrer devidos ao manuseio, à falta de
cuidados e ao tratamento adequado que os produtos, devido à
sua fragilidade natural, exigem na distribuição e manuseio nas
áreas de venda.
Nota: *Atualmente já se observa uma tendência em utilizar a embalagem
expositora nos pontos de venda.
Juarez Pereira
Assessor técnico da ABPO – Associação Brasileira de Papelão Ondulado