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O NOVO PONTO DE EQUILÍBRIO DO SETOR DE PAPEL E CELULOSE

Reportagens | Reportagem | 23.09.2021




O NOVO PONTO DE EQUILÍBRIO DO
SETOR DE PAPEL E CELULOSE

Especialistas da Fastmarkets RISI sinalizam turbulências no cenário
socioeconômico latino-americano, mas indústria tem demonstrado resiliência
e estratégia para superar os desafios no futuro pós-pandemia, investindo em
mercados que tiveram crescimento nos últimos anos

Investimentos em expansão de
R$ 35,5 bilhões até 2023, destinado
para florestas, novas fábricas,
tecnologia e ciência.
Um setor que contribui com
US$ 10,3 bilhões para o saldo da balança
comercial e que gera mais de 1,3 milhão
de postos de trabalho na cadeia de árvores
plantadas, somando oportunidades
para 3,75 milhões de brasileiros em todo
o País (dados do Relatório IBÁ 2020)
“É assim que temos que ser lembrados”, destacou
Walter Schalka, durante o painel de
CEOs da Conferência Fastmarkets RISI.
É por essa mesma relevância que a sentença
merece abrir esta matéria.
Diante de um cenário desafiador
nesses últimos dois anos, observar os
números positivos do setor como segundo
maior exportador mundial de
celulose, expressando todo o seu potencial
no mercado de papéis, é realmente
surpreendente. Ao mesmo tempo em
que, conforme projeções de Rafael Barisauskas,
economista da Fastmarkets
RISI, o pós-pandemia exigirá bastante
estratégia e negociação das empresas
para dar suporte na recuperação econômica
dos países, exercendo um papel
fundamental nesse período.
Em especial, a América Latina,
onde a exportação de commodities
será uma das principais impulsionadoras,
visto que os demais setores
foram diretamente afetados e levarão
mais tempo para se recobrarem, como
os setores de turismo e construção.
Barisauskas apontou que em 2020,
o PIB da região retornou ao mesmo
patamar de 2011, representando uma
queda de 7,5%. 41 milhões de empregos
foram perdidos e a renda dos
trabalhadores reduziu em 19,3%. No
restante do mundo, o impacto foi menos
incisivo, somando um déficit de
114 milhões de empregos e uma queda
na renda da população de 8,3%.

Thais Santi
Jornalista Revista O Papel