No dia 9 de setembro, a Bracell oficializou o startup do
Projeto Star – empreitada iniciada em 2019 com o objetivo
de expandir a produção da unidade fabril de Lençóis
Paulista-SP e possibilitar a diversificação do portfólio
a partir de uma nova capacidade produtiva anual de
1,5 milhão de toneladas de celulose solúvel ou até
3 milhões de toneladas de celulose kraft. Com o início das operações, a empresa
passa a ser a maior fabricante de celulose solúvel do mundo.
Nos próximos dois anos, o planejamento da empresa é avançar a produção em
etapas, com foco na estabilidade operacional dos dois produtos. Após esse período,
as linhas serão utilizadas para a produção de celulose solúvel ou celulose kraft, de
acordo com as demandas da companhia, que faz parte do Grupo RGE. Sediado
em Cingapura, o Grupo representa um conglomerado de empresas com operações
globais de manufatura baseadas em recursos naturais, localizadas na Indonésia, na
China, no Brasil, na Espanha e no Canadá.
A nova fábrica brasileira foi construída com duas linhas que operam de forma
flexível e contemplam diferenciais tecnológicos de peso: o parque abriga a maior
caldeira de recuperação do mundo e o primeiro gaseificador de biomassa em operação
no setor de celulose e papel da América do Sul. “Todo o projeto foi baseado em uma
nova geração de tecnologias e conceitos, a começar pelo fato de ser capaz de ter uma
produção flexível”, frisa Pedro Stefanini, diretor geral da Bracell.
Na entrevista a seguir, o executivo concede mais informações sobre o estado da
arte do parque, comenta sobre o status da produção e faz um balanço sobre a conduta
da Bracell frente aos desafios de desenvolver um projeto de grande porte em meio
ao cenário atual.
Caroline Martin
Especial para Revista O Papel