A s empresas que contemplam o setor de base florestal brasileiro irão direcionar R$ 62 bilhões – montante que representa o maior aporte privado do País – a projetos florestais, novas fábricas, expansão de capacidade produtivas e inovação. O levantamento foi feito pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), considerando investimentos já em curso, iniciados em 2020, e outros recém-anunciados, com prazo de finalização até 2024. Além de contribuir com o ainda conturbado contexto econômico no qual o Brasil está inserido, os investimentos representam uma contribuição relevante à batalha contra a mudança do clima, já que todos os grandes projetos em curso incluem iniciativas focadas em sustentabilidade. Vale lembrar que, atualmente, o setor já soma 9 milhões de hectares de plantios florestais e outros 5,9 milhões de hectares de conservação, que juntos removem 4,48 bilhões de toneladas de gás carbônico. De acordo com o embaixador José Carlos da Fonseca Jr., diretor-executivo da IBÁ, esses bioinvestimentos buscam atender aos anseios da sociedade. “Trata-se de uma tendência universal e irreversível, agora acentuada no pós-pandemia: o consumidor, sobretudo das novas gerações, terá olhar muito mais atento à origem adequada, à rastreabilidade, às certificações e ao pós-uso dos produtos que escolhe”, diz. Na entrevista a seguir, Fonseca Jr. comenta a representatividade dos próximos investimentos não só à economia nacional como à consolidação da bioeconomia e faz uma análise sobre as diferentes frentes de atuação do setor e sobre as inúmeras possibilidades que ainda vislumbra para os próximos anos.