A ESSENCIALIDADE DA GESTÃO COMPETITIVA
NA GERAÇÃO DE MELHORES RESULTADOS
POR BRUNO RODRIGUES DE MORAES
Gerente de Projeto na Falconi, formado em Administração pela UFRGS com Especialização em Controladoria e Finanças
pela PUCRS. Mais de 15 anos de carreira, com atuação no Brasil e na América Latina, e atuação consolidada em Estratégia
e Gestão, liderando projetos de consultoria para resolução de problemas complexos em governança corporativa, formulação
estratégica e melhoria de resultados econômico-financeiro, em empresas grandes de diversos setores, gerando ganhos
concretos e desenvolvimento das lideranças e mais recentemente liderando o Programa de Desenvolvimento Sustentável
E
m momentos de grande incerteza e pressões
diversas sobre o desempenho das organizações,
um ponto central na agenda das lideranças é
como responder a tudo isso e manter o negócio
saudável e no caminho correto.
A competição é uma resposta potencial para este questionamento, principalmente quando mais próximo do seu
real significado. Por mais que o senso comum não leve a essa
conclusão, nosso primeiro (e principal) nível de competição
é com o nosso próprio desempenho.
Quer dizer então que não devo competir com os
demais players do meu segmento?
Explico. Claro que a visão de se diferenciar dos demais
em um segmento é sempre válido e importante, mas para
isso acontecer de forma saudável precisamos garantir que
estejamos sempre em nossa melhor forma e capturando as
oportunidades de melhoria que possuímos.
“Ganhar” dos demais simplesmente para estar à frente é
uma visão limitante e que muito provavelmente irá levar ao
deterioramento de um mercado. Não existe inovação e não
existe melhora significativa em um ambiente em que a organização entre numa zona de conforto.
As necessidades humanas (objetivo real e final das
organizações que realmente querem ter um papel social
relevante) são imensas e muitas ainda não estão sendo
atendidas, ou mesmo nem estão mapeadas. Ou seja, há
espaço para se desenvolver, basta que busquemos inspiração nos caminhos corretos:
• Planejamento Estratégico
O primeiro lugar que devemos olhar para mudar nosso
patamar de desempenho é o planejamento estratégico. O
contexto muda de tempos em tempos e isso demanda alguma correção de rota, mas muitas provocações incluídas no
plano podem ser guias interessantes.
Devemos avaliar quais desafios (as chamadas metas estratégicas) ainda não foram capturados e desdobrá-los de
forma que se transformem em um próximo passo factível
e desafiador para nós, seja no nível em que estivermos
liderando na organização.
• Foco do cliente
Nosso cliente, seja ele interno ou externo, invariavelmente é
um ser humano, logo possui necessidades que podem ser exploradas. Este pensamento pode ser realizado, tanto para pontos já
conhecidos quanto para coisas que sequer ainda foram cogitadas.
Questionamentos como “entrego tudo que meu cliente precisa?”, “há espaço de melhoria no meu produto/serviço para a satisfação do cliente?”, “como posso melhorar o seu dia a dia?”, entre
outros, são válidos para nos fazer repensar nosso próprio negócio
(ou nossa própria área).
Transformar as oportunidades identificadas em metas e objetivos passa por colocar em prática essa visão de melhora constante
e, sempre, numa via de mão dupla: não há como alinhar nosso
foco com o do cliente se ele não for ouvido.
• Processos estáveis e capazes
Um dos caminhos que está mais ao nosso alcance e que
constantemente é negligenciado pelos gestores é o da melhoria
contínua, aquele que visa a dar mais estabilidade, previsibilidade e capacidade para os processos sob sua autoridade.
Ter um olhar atento para identificar se já houve patamar
melhor de resultado em nossos indicadores-chave, para avaliar
possíveis fontes de desperdícios, bem como analisar boas práticas de outras áreas e empresas que podem ser aplicáveis e/ou
ser fontes de provocação.
Portanto, é importante estar atento às mudanças de contexto
e às pressões mercadológicas e internas. Porém, tão ou mais importante é ter iniciativa, buscar fontes relevantes de provocação
para competirmos internamente e nos tornarmos cada vez mais
preparados para aproveitar as oportunidades que surgem.