POR PEDRO VILAS BOAS
Impactado por um excesso provocado pelo reestabelecimento
dos sistemas de coleta e pelas importações de 188 mil toneladas, o mercado de aparas continuou com preços em queda e,
no caso das aparas marrom, com valores que se aproximam dos
praticados ao final de 2019 que já eram insatisfatórios na época
para os aparistas. Considerando ainda o forte aumento de custos
ocorridos nos dois últimos anos, é fácil concluir que o rendimento do aparista não está remunerando a atividade neste momento.
É urgente o reequilíbrio entre oferta e demanda, mas,
nas atuais condições econômicas, isto está sendo feito via
desestímulo à coleta, o que, em outras palavras, significa
um grande volume de material sendo encaminhado para os
aterros de onde nunca mais sairão.
Até aí temos um panorama que já vimos acontecer em
ocasiões anteriores, porém, chamamos atenção para uma novidade que é a implantação da Política Nacional de Resíduos
sólidos (PNRS) que está obrigando, ainda que lentamente,
as indústrias a efetuarem a logística reversa das embalagens
que colocam no mercado, o que estão fazendo via compra de
créditos de reciclagem.
Pedro Vilas Boas
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