PREÇOS DE CELULOSE CONTINUAM A SUBIR
NOS MERCADOS INTERNACIONAIS EM JUNHO
Apenas nos quatro primeiros meses de 2022, os preços em dólar norte-americano da tonelada de celulose de fibra longa (NBSKP) acumularam altas de
15,9% nos EUA, de 10,3% na Europa e de 32,2% na
China, segundo os dados da Natural Resources Canada (ver
Gráfico 1 e Tabela 1). E novos aumentos ocorreram em maio.
Altas de preços também ocorreram para a tonelada de celulose de fibra curta (BHKP). Nos primeiros cinco meses de
2022, o preço da tonelada deste produto acumula alta de 9,1%
na Europa e de 42,8% na China, segundo dados da Norexeco
(ver Tabela 3).
Mesmo com fontes de dados divergentes entre si, novos
aumentos de preços desses produtos ocorreram em junho. A
Norexeco indica alta de 3,2% para o preço em dólar norte-americano da tonelada de NBSKP na Europa e alta de 4,5% para
o preço em dólar da tonelada de BHKP no mesmo continente.
Esta mesma fonte indica que o preço da tonelada de BHKP
na China em junho será 2,9% maior do que foi em maio (ver
Tabela 3). Já o Grupo SunSirs Commodity Data fala em alta de
10,4% em junho (frente a maio) para o preço da tonelada de
celulose de fibra curta na China (ver Tabela 4).
As altas de preços de celulose no mundo advêm de problemas logísticos, com respeito à disponibilidade de containers
e navios, causados por lockdowns na China e pela guerra na
Ucrânia e altas dos custos de energia, afetando o custo de produção e transporte da celulose. A isto se soma os baixos estoques deste produto em certas regiões, como na Europa.
Em caminho diferente seguem os preços em dólar norte-
-americano de madeiras serradas e de chapas de madeiras em
certos países do hemisfério norte. Ainda que haja aumento dos
custos de energia, a chegada do verão facilita a extração de
toras de madeiras, aumentando a oferta dos produtos citados.
Em certos países, a queda de preços em dólar norte-americano
se aprofunda devido à desvalorização da moeda local em relação ao dólar norte-americano. Por exemplo, no Canadá, os preços em dólar norte-americano do metro cúbico dos compensados, das chapas de OSB e da madeira serrada acumulam
quedas de 7,7%, 40,3% e 21,1% em abril e maio frente a seus
valores de março do corrente ano.