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COMO IR ALÉM DO COMUM NO ÂMBITO DA SUSTENTABILIDADE

Artigos Assinados | Artigos Assinados | 23.12.2022




COMO IR ALÉM DO COMUM NO ÂMBITO DA 
SUSTENTABILIDADE

Considerada uma das dez potências globais em 
produção de papel, o Brasil é o segundo maior 
produtor de celulose do mundo, segundo dados 
divulgados pelo Ministério de Minas e Energia 
(MME). No entanto, apesar dos bons números se comparados com 
o mercado global, desafios como a demanda cada vez maior por 
soluções alinhadas com a temática ESG e aplicação de tecnologia 
de ponta são alguns pontos importantes para as companhias do 
segmento levarem em conta nas suas expansões. 
Três dimensões devem ser levadas em conta dentro da pauta de 
sustentabilidade, sendo elas: eficiência no uso de recursos, inovação 
e comunicação. Juntos, podem ajudar a desmistificar o segmento 
como vilão climático e a mostrar a realidade e o potencial positivo 
da indústria na pauta do equilíbrio ambiental. 
No campo dos recursos, é importante pensar para produtividade, 
recuperação, reparação, produção carbono net zero, redução do uso 
de água e geração zero de resíduos. Conectando isso, está a inovação, 
permitindo o desenvolvimento de produtos substitutos a materiais não 
sustentáveis. Essas são transformações capazes de mudar a imagem da 
indústria quando se fala sobre sustentabilidade e boas práticas. 
Torna-se cada vez mais mandatório trabalhar as pautas ESG 
dentro da cadeia, principalmente no Brasil, que já atua de forma 
exemplar. Hoje, a maioria da produção de celulose se dá por meio 
de madeiras plantadas em vez da prática extrativista, comum em 
outros mercados globais. 
Nessa movimentação, será papel das corporações buscar aumentar a excelência na mitigação dos impactos. Afinal de contas, 
o verdadeiro potencial ambiental da indústria de base florestal é a
sua capacidade de absorver carbono, compensar emissões e gerar 
créditos para o mercado. Outro ponto importante é não esquecer 
que o setor está inserido em um contexto de economia circular, visto que muitos dos subprodutos são usados no processo produtivo, 
até como insumos. 
É também relevante pensar que muitas fábricas e indústrias têm 
investido alto para reduzir o impacto ambiental das suas operações, 
em dois principais pontos: diminuição das emissões e na de ruídos. 
A expectativa é que essas unidades fabris se tornem cada vez mais 
eficientes e impactadas pela automatização, impactando cada vez 
mais minimamente o espaço e ambiente onde se localizam. 
Tecnologia a favor do avanço
No campo tecnológico, há ânimo dentro do setor. Segundo dados do Statista, o mercado de papel e celulose espera crescer muito 
ao longo dos próximos anos, chegando a superar os 370 bilhões de 
dólares em valor de mercado até o ano de 2029. Nesse cenário, será 
preciso otimizar os avanços e reduzir as perdas das companhias do 
setor. Para isso, será necessário apelar para a inovação. 
Temas como inclusão de transformação digital e digitalização 
dentro da área florestal devem se tornar recorrentes entre as corporações do segmento; além disso, otimização de custos no transporte de madeira, por meio de rotas mais dinâmicas e manutenção 
preventiva a partir de inteligência artificial e machine learning na 
prevenção de problemas, são outros pontos de extrema relevância 
para o setor. Os desafios são claros, mas suas soluções já estão sendo 
aderidas pelo mercado e as expectativas para mais um grande ano 
para a indústria são altas.