Para os setores econômicos já não basta encaminhar
resíduos para a reciclagem e reduzir as emissões de
gases de efeito estufa (GEE). Há a necessidade de uma
transição para descarbonização total, aumentando
a eficiência energética e ir além do que determina os marcos
regulatórios vigentes no Brasil.
A indústria, responsável por 20,4% do Produto Interno Bruto
(PIB) do Brasil, segue, como outros setores, o desafio de crescer de forma sustentável. Conforme Lucia Helena de Camargo,
jornal O Globo, janeiro de 2023, em 2021 os processos industriais
sozinhos responderam por 4,5% das emissões de GEE no Brasil,
aproximadamente 108 milhões de toneladas de CO2
equivalente.
Antes que se torne compulsório por meio de novos marcos regulatórios mais rígidos, as metas de carbono neutro e resíduo zero
tornar-se-ão prioridades nas estratégias de sustentabilidade da indústria brasileira e, em particular, daquelas energo-intensivas.
MAURO DONIZETI BERNI
PESQUISADOR DAS ÁREAS DE MEIO AMBIENTE E ENERGIA DO NÚCLEO INTERDICIPLINAR DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO (NIPE), DA UNIVERSIDADE DE CAMPINAS (UNICAMP-SP)